terça-feira, 9 de julho de 2013

Convocação da Juventude do PSTU para o 11 de julho: agora é a hora dos trabalhadores!

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Nas últimas semanas o Brasil vem sendo sacudido pelas mobilizações de massas, enchendo as ruas de quase todas as cidades do país com milhares de pessoas. Essa luta, que se iniciou contra o aumento das tarifas do transporte público e apresentou algumas vitórias até agora como a revogação do aumento das passagens de ônibus em São Paulo e em Porto Alegre, agregou diversas reivindicações, tornando-se, portanto, um movimento de caráter mais amplo.

A juventude compõe a maior parte dos manifestantes. Isso mostra a indignação e insatisfação que estão sentindo frente a tantos problemas sociais e a vontade de lutar e mudar essa realidade. Também mostra que estão redescobrindo sua força social e política que sempre possuíram.

Mesmo se houver um refluxo nas mobilizações, é certo que a realidade do país não voltará a ser a mesma. Para continuar avançando e conquistar mudanças mais profundas no país, é importante colocar a classe trabalhadora em movimento. Que os diversos setores dessa classe estejam organizados para aderirem com força e luta, levando suas reivindicações por melhores condições de trabalho.

Para dar o primeiro passo, as centrais sindicais convocaram um dia Nacional de Lutas, o 11 de Julho, com paralisações e greves gerais. E nós, da juventude do PSTU, lado a lado com a CSP-CONLUTAS, construiremos esse grande dia, levantando nossas bandeiras junto da classe trabalhadora.

Viral que circula na internet, divulgando o dia 11 de julho.

10% do PIB para a educação pública, já!

A educação também é um tema de grande importância a ser tratado nesse ato. O Governo Dilma promete, através do Plano Nacional de Educação (PNE), a aplicação dos 10% do PIB para a educação até 2023. Mas a necessidade desse investimento é imediata e deve ser feito na educação pública. Quando lutamos por 10% do PIB para a educação já, estamos lutando por mais infra estrutura para as escolas e universidades públicas, pela melhor remuneração dos professores, por permanência estudantil e contra as terceirizações. Ou seja, pela contratação de funcionários pelo próprio Estado mediante concurso público que garanta mais direitos aos trabalhadores.


Hospital Escola

Recentemente o Hospital Escola de São Carlos passa por uma situação difícil. Gerido por uma Organização Social (OS)* essa instituição tem grandes problemas infra estruturais e uma dívida acumulada que já passou dos R$1,5 milhão, o que pode ocasionar o fechamento do curso.

A Prefeitura de São Carlos deixou de repassar a verba destinada à instituição e pretende instalar um Ambulatório Médico de Especialidade (AME), em um dos módulos do Hospital Escola. Assim, o AME substituirá parte do Hospital Escola, que não conseguirá suprir as necessidades da população e dos alunos da UFSCar, já que um AME não esta preparado para realizar cirurgias ou tratamentos mais complexos. 

Além disso, a Reitoria da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) defende a federalização do Hospital Escola através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Essa empresa pública de direito privado permite a parceria com outras empresas privadas do ramo, transformando um direito básico em mercadoria. Por isso defendemos o repasse das verbas da prefeitura para o Hospital Escola para evitar seu fechamento e garantir o ensino dos estudantes e o emprego dos servidores.


Transporte Coletivo

Grandes manifestações ocorreram em Junho contra o aumento das tarifas dos ônibus e em São Carlos não foi diferente. Pouco antes do segundo ato, que contou com mais de 20 mil manifestantes, o Prefeito Paulo Altomani (PSDB) sentiu a pressão e enviou uma proposta a câmara para baixar a tarifa de R$2,75 para R$2,65, porém mediante o repasse de verbas em subsídios e isenção de impostos.

Mas isso não basta. As linhas são insuficientes para atender as demandas da população gerando lotações em horários de pico e congestionamento, pelo fato de todas as linhas passarem pelo centro da cidade. O transporte é um direito e por isso não deve ser mercantilizado! Defendemos a Estatização do transporte e o Passe Livre para estudantes e desempregados, como única forma de se garantir um transporte coletivo e publico.

Último ato realizado pelo transporte público em São Carlos, no dia 3 de julho.

“Inimigo certo”

Nossa luta não vai contra somente a Prefeitura de São Carlos e o Governo do PSDB, como defende alguns setores governistas. Estamos lutando principalmente contra a política do Governo Federal, do PT de Dilma, que nesses mais de 10 anos de governo beneficiou banqueiros e empresários, servindo a burguesia, enquanto o país se afundava nas desigualdades sociais e no caos da saúde e educação.

Nós, da juventude do PSTU, vamos sair às ruas exigindo que a Dilma suspenda o pagamento das dívidas externas e internas, porque sabemos que metade do orçamento do país que deveria ser investido na educação, saúde, moradia e transporte público é usado para pagar tais dívidas.

Exigiremos também que se parem as privatizações (começando pelo fim dos leilões das reservas do petróleo que entrega para a burguesia internacional nossas riquezas naturais) e que se revertam aquelas que já foram realizadas.

Não queremos um governo que encha os bolsos dos ricos com dinheiro que deveria ser destinado as políticas públicas; não aceitamos um Brasil para a burguesia, queremos um Brasil para os trabalhadores! 

Fazemos um convite para toda a população de São Carlos a sair às ruas novamente no dia 11 de Julho. O ato será às 17:00h, com a concentração na Praça do Mercado.

A mesma juventude que barrou o aumento das passagens de ônibus, a juventude que luta e sonha, sairá às ruas mais uma vez, agora com mais força: com a classe trabalhadora! Venha com a gente, lutar por um país mais justo e soberano!

Por Vitoria Duarte

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