Por Bruna Quinsan
Os três principais candidatos dessas eleições não apresentam
uma opção para os explorados e oprimidos, pois Dilma representa a continuidade
de um governo que serve aos patrões e dá migalhas aos trabalhadores, Aécio
representa a volta de um governo descaradamente burguês e Marina, a junção dos
dois.
Marina Silva é alternativa para a classe trabalhadora?
Marina tenta aparecer como uma alternativa à “velha
política”, mas suas propostas não apresentam diferenças com a velha forma de
fazer política dos grandes partidos, pois está ao lado dos grandes empresários,
dos banqueiros e também dos políticos que representam essa tal de “velha
política”, propondo um governo de coalizão.
Marina tem a mesma receita que Dilma e Aécio para atacar os
trabalhadores: assim como Dilma e Aécio, Marina defende cortes nos gastos
sociais para economizar mais dinheiro para o pagamento da dívida aos
banqueiros, assim como Dilma e Aécio pretende rifar os direitos dos oprimidos
aos religiosos fundamentalistas, assim como Dilma e Aécio, defende uma reforma
trabalhista que reduz salários e direitos dos trabalhadores.
Os recuos de Marina Silva
A candidata à presidência chegou a apresentar em seu
programa as principais pautas levantadas pelo movimento LGBT, como a
criminalização da LGBTfobia, equiparando essas discriminações ao crime de
racismo, e o casamento civil igualitário em lei e a utilização de material didático
contra a opressão aos LGBTs.
Entretanto, essas pautas não suportaram 24h e alguns tuítes
do Pastor Silas Malafaia, em nota o PSB afirmou que “infelizmente, não retrata com
fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as
etapas de formulação do plano de governo”.
Em outro recuo, Marina passou a ser favorável à
anistia aos torturadores, mudando totalmente seu discurso que dizia que “A tortura é crime hediondo, não é ato político nem
contingência histórica. Não lhe cabe o manto da Lei da Anistia”.
Recentemente a sua página
oficial no Facebook lançou um viral que dizia que “As correções [no plano de
governo] são naturais. O pior é não assumir quando se comete um erro. É
lamentável que exista uma cultura de que o político deve persistir no erro,
como fazem aqueles que estão me criticando.”. Ora, então para Marina o apoio às
pautas do movimento LGBT e a punição aos torturadores são erros que devem ser
superados? Ela já demonstrou que, se eleita, não vai contra os interesses dos
mais poderosos.
Isso [seu conservadorismo
disfarçado] não é fazer nova política, isso o governo PT já faz há muito tempo
e já mostrou que é impossível conciliar interesses de classes antagônicas.
O voto útil é o voto nos candidatos socialistas das lutas
A maioria dos trabalhadores
acredita no PT e em muitos lugares se ouve que é preciso votar na Dilma para
evitar a volta da direita tradicional, na forma de Aécio, ou para evitar o
ascenso de Marina, alegando que Dilma seria “menos pior” para os oprimidos e
explorados, isso é chamado de “voto útil”, mas vale lembrar que os três
candidatos não representam a verdadeira mudança na vida dos trabalhadores, pois
são candidatos da burguesia e representam a mesma forma de governar, é mais do
mesmo.
A verdadeira mudança na vida
dos trabalhadores virá da luta dos próprios trabalhadores em aliança com a
juventude.
O verdadeiro voto útil é nas
candidaturas socialistas e lutadoras, é o voto em trabalhador. E é por isso que
o PSTU apresenta suas candidaturas à serviço das lutas, cada voto nas
candidaturas do PSTU é um voto a menos para a burguesia.
Fortaleça essa luta,
proteste, vote 16.
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